ONU, grandes empresas e engajamento para equidade de gênero no mundo do trabalho

Forças contrárias se anulam, mas quando somamos forças para um impulsionamento, aceleramos a movimentação de um corpo. Isso não é só física, é vida real. Em outras palavras, quando queremos a mesma coisa e nos unimos para alcançá-la, vamos muito melhor e mais rápido. Confira este artigo de Ana Rodrigues! Muitas pessoas não se debruçaram ainda para entender a importância do Pacto Global da ONU para diversas causas do mundo. O Pacto foi firmado por centenas de países e existe para levar o mundo a um novo patamar. O grande objetivo é cumprir uma agenda até 2030 no sentido de erradicar a pobreza, proteger o planeta, alcançar paz e prosperidade e isso significa reduzir desigualdades. Se vamos conseguir cumpri-lo, ainda não sabemos, mas para chegar lá, foram estabelecidos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os famosos ODS. Esse pacto foi um movimento de países, mas também levou muitas instituições do setor privado a se engajar nos compromissos da ONU para cumprir essa agenda. Valores importantes deverão ser cumpridos por empresas que desejam conduzir suas práticas no sentido da igualdade e equidade de gênero e os princípios são: Estabelecer liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero; Tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho ? respeitar e apoiar os direitos humanos e a não discriminação; Garantir a saúde, a segurança e o bem-estar de todos os trabalhadores e as trabalhadoras; Promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres; Implementar o desenvolvimento empresarial e as práticas da cadeia de suprimentos e de marketing que empoderem as mulheres; Promover a igualdade através de iniciativas e defesa comunitária; Mediar e publicar os progressos para alcançar a igualdade de gênero. (Fonte: Pacto Global/Rede Brasil/ Meio & Mensagem) Atuar para esse nível de realização, requer um compromisso especial da alta liderança das empresas, pois se trata da promoção de mudanças de cultura, que envolve sensibilizar as pessoas, mobilizá-las, dissolver crenças e comprometê-las. Nessa direção, quero comentar dois exemplos de empresas que valem ser conhecidos: Falo da Accenture e da Basf, empresa na qual trabalhei como líder e posso afirmar, o quanto é atenta a causa e não é de hoje. Na Accenture o olhar está para além da equidade. A empresa desenvolveu um programa denominado She Rocks que objetiva oferecer formação para suas funcionárias, no sentido de desenvolver principalmente, autoconfiança para assumirem as funções de liderança preparadas nos quesitos assertividade, influência e autoridade. Isso é potencializar os talentos. A empresa tem o compromisso de até 2025 ter 50% de mulheres contratadas. Hoje as mulheres são 32% dos executivos em nível global e no Brasil, 30% de mulheres estão em cargos de nível executivo e 24% nos cargos da diretoria executiva. A Basf que conheci nos anos 90, já mantinha um olhar para a equidade e para a promoção de mulheres que apresentavam resultados na instituição. Havia um programa chamado Academia de Liderança, para o qual fui indicada, onde as lideranças executivas, digamos assim, promissoras, eram identificadas e levadas a um plano de desenvolvimento e muitas mulheres subiram esse degrau. Mas a Basf de hoje fala sobre fomentar ?um ambiente ?diverso, engajado e criativo? onde a diversidade é valorizada e respeitada?. A Basf conta com 35,1% de mulheres em cargos de liderança e a estratégia de expansão se intensificou há 7 anos. A empresa promove ações para que sua equipe possa ?experienciar pertencimento?. Uma dessas estratégias que não só mobiliza, como engaja foram criados grupos de afinidade, em que as pessoas participam voluntariamente e discutem a implementação de iniciativas. Um exemplo interessante é o Women in BASF, que desde 2016 tem ações para equidade de gênero e conta com mais de 300 integrantes no Brasil e mais 500 na América do Sul. Entre as iniciativas, algumas que tem como objetivo empoderar mulheres dos mais diversos níveis hierárquicos, a ocuparem cargos de liderança. Você é uma liderança na sua empresa? Seja porta voz e incentivadora de boas práticas para a equidade. Há muitas empresas grandes e médias atuando com a pauta de forma brilhante e dando certo. Muitas vezes, nós mulheres que já chegamos em qualquer nível de liderança na nossa trajetória profissional pode pensar que não enfrentou barreiras para chegar lá, por ser mulher. Mas precisamos olhar com lupa essa evolução. Eu também achava que não tinha barreiras, mas aos poucos fui entendendo onde e porque, as barreiras aconteceram. Foi aí que decidi ajudar outras mulheres a se desenvolverem e serem donas de sua trajetória. Chegar a liderança requer sim competência, aproveitar oportunidades e o que eu desejo, é que a barreira para chegar ao topo deixe ser o gênero. Pesquise, gere curiosidade e colabore com a disseminação dessa cultura na sua empresa. Inspire-se nos diversos exemplos de empresas que já caminharam esse caminho e faça acontecer. Se precisar de apoio, conte comigo. Ana Rodrigues Minha paixão é impulsionar o protagonismo feminino e desenvolver líderes e equipes. Com mais de 34 anos de liderança em grandes empresas, sou uma mentora e palestrante experiente e apaixonada pelo meu trabalho. Minha missão sempre foi auxiliar líderes a alcançarem seu potencial máximo, promovendo gestão estratégica e humana de pessoas. Juntos, construiremos uma liderança inclusiva e transformadora. Agenda uma palestra ou mentoria para a sua empresa e veja o poder da conscientização transformar a sua corporação. Entre em contato pelo email contato@anarodriguessl.com.br ou pelo telefone (61) 99313-6364!